Mix de Marketing
No início da década de 1960, estudiosos difundiram a expressão composto de marketing ou marketing mix, com a sigla 4Ps, que se refere aos 4 elementos: produto, preço, praça e promoção (URBAN, 2006).
O mix de marketing engloba as decisões do produto, as quais incluem a identificação de oportunidades de lançamento de produtos e adequação do mesmo às necessidades dos clientes; as decisões de preço, o qual é selecionado visando gerar vantagem competitiva e retorno para a empresa; as decisões de promoção, relativas aos investimentos em estratégias de comunicação e promoção de vendas; e as decisões de praça ou distribuição, que envolvem a escolha de canais de vendas que satisfaça as necessidades dos clientes (KOTLER; ARMSTRONG, 2007).
Produto
O produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e para satisfazer um desejo ou uma necessidade. É a oferta apresentada por uma organização ao mercado para satisfazer um desejo ou uma necessidade (KOTLER; KELLER, 2006). O conceito de produto é amplo e não incluem apenas bens tangíveis, como também serviços, eventos, pessoas, lugares, organizações, ideias, etc. (KOTLER; ARMSTRONG, 2007).
Kotler e Armstrong (2007) apresentam o produto como um elemento fundamental da oferta ao mercado consumidor. O planejamento do mix de marketing inicia com a formulação de uma oferta que proporcione valor ao público alvo. A oferta formulada se torna a base sobre a qual a empresa constrói relacionamentos lucrativos com os seus respectivos clientes. Desse modo, é no produto que as organizações focam suas expectativas, buscando agregar valores e benefícios que sejam percebidos pelos clientes, a fim de aumentar a chance de aceitação de seus produtos no mercado consumidor.
Preço
O preço auxilia a dar valor às coisas e representa uma troca pelo esforço feito pela empresa vendedora através da alocação de recursos, capital e mão-de-obra dos produtos comercializados (LAS CASAS, 2006). De acordo com Las Casas (2011), de todos os elementos do composto de marketing, o preço é o único elemento que gera receita, todos os demais representam despesas. É também um dos elementos mais flexíveis, pois ele pode ser alterado com certa rapidez. Kotler e Keller (2006) afirmam que as organizações concorrentes são as grandes influenciadoras da determinação do preço, porém, os fornecedores e consumidores devem ser tratados como variáveis importantes a serem analisadas para desenvolver as estratégias de preços das empresas.
Os profissionais de marketing, segundo Ferrell e Hartline (2008), podem estimular ou restringir a demanda pelos produtos ou serviços, através do ajuste de preços, além de construir e fortalecer o relacionamento com a empresa e seus produtos. A determinação de preços deve apoiar a estratégia de marketing de um produto, realizar as metas financeiras de uma empresa e se ajustar às realidades do ambiente de mercado (BOONE; KURTZ, 2009).
Promoção
A promoção é apresentada como o conjunto de ações que estarão incidindo sobre certo produto ou serviço, de forma a estimular a sua comercialização ou divulgação (KOTLER; KELLER, 2006). Las Casas (2006) define a promoção como outra variável controlável do composto de marketing que recebe o significado de comunicação. Kotler e Armstrong (2007) afirmam que o marketing moderno exige mais do que apenas desenvolver um bom produto, colocar um preço competitivo e à disposição dos clientes. As empresas também precisam se comunicar com os clientes já existentes e os potenciais, e aquilo que comunicam não deve ser deixado ao acaso, todos os seus esforços de comunicação devem ser combinados em um programa de comunicação de marketing consistente.
Praça
A ferramenta praça, definida também como canal de distribuição, diz respeito ao caminho que o produto percorre desde a sua produção até o consumo (KOTLER; KELLER, 2006). Kotler e Armstrong (2007) definem a praça como um conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de oferecimento de um produto ou serviço para uso ou consumo de um consumidor final.
Um bom produto e um preço adequado não são suficientes para assegurar boas e contínuas vendas. É necessária também a existência de uma forma eficiente de conduzir os produtos até os compradores finais. Caso contrário, o plano de marketing estabelecido será ineficaz, pois os consumidores estão acostumados a muitas vezes exigem comprar seus produtos em locais que lhe sejam acessíveis, convenientes e disponíveis quando necessitarem (LAS CASAS, 2006). Os canais de marketing são responsáveis pela distribuição física e também pela coleta e distribuição de informações relevantes, obtenção de financiamentos e análise de riscos (KOTLER; ARMSTRONG, 2007).
REFERÊNCIAS
BOONE, L. KURTZ, D. Marketing contemporâneo. 12 ed. São Paulo: Cengage Leaning, 2009.
FERRELL, O. C.; HARTLINE, M. Estratégia de Marketing. 4 ed. São Paulo: Cengage Leaming, 2008.
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
LAS CASAS, A. L. Administração de Marketing: conceitos, planejamento e aplicações à realidade brasileira. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2011.
LAS CASAS, A. L. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2006.
URBAN, A. T. Gestão do composto de marketing. 3 ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2006.