INVESTIMENTOS

A cada ano que passa este assunto ganha mais relevância no Brasil, porém ainda existem muitas dúvidas e crenças errôneas sobre os investimentos, o que faz com que muitas pessoas sintam medo de investir ou que invistam de qualquer maneira, sem ao menos buscar informações sobre onde está aplicando o seu suado dinheiro. Neste texto tentaremos esclarecer alguns pontos essenciais a despeito deste tema.
Primeiramente, faz-se necessário que entendamos quais são os três componentes dos investimentos, que são eles: Liquidez, risco e rentabilidade. A liquidez “refere-se à capacidade de um artigo ou investimento ser transformado em dinheiro, a qualquer momento e por um preço justo” (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2013, p. 43). Por exemplo, o crédito disponibilizados por instituições financeiras através dos cartões possui liquidez alta, pois pode ser transformado em dinheiro em um período de tempo muito curto. Já um imóvel possui liquidez baixa, pois para ser vendido, é necessário encontrar um comprador que esteja disposto a pagar o valor estabelecido e que possua os recursos, isso, no geral, leva um tempo maior. O risco é a probabilidade de ocorrência de perdas, segundo definição do Banco Central do Brasil (2013), por exemplo, a caderneta de poupança é considerado um investimento de baixo risco, já que a probabilidade de perder o valor investido é próxima de zero. No caso das ações esse risco já é considerado alto, pois a qualquer momento a empresa que recebeu o investimento pode desvalorizar e o investidor perder parte do dinheiro aplicado. A rentabilidade por sua vez, “é o retorno, a remuneração do investimento” (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2013, p. 44). Ou seja, tudo que iremos receber por aquele por ter aplicado o nosso
dinheiro.
Agora que sabemos os componentes do investimento, vamos entender alguns cuidados que devemos tomar antes de investir. O primeiro é formar um fundo de emergência. Alguns tipos de investimentos não nos possibilita retirar o capital investido juntamente com a rentabilidade antes do prazo predeterminado. Sendo assim, o ideal é que possamos formar um fundo de emergência colocando parte do nosso dinheiro em um lugar nos permita retirá-lo a qualquer momento, para que o utilizemos em situações inesperadas como doença, demissão, gastos não previstos
no orçamento, etc. Outro cuidado que devemos ter é buscar o máximo de informações possíveis sobre onde pretendemos aplicar os nossos recursos, como por exemplo, qual taxa de juros será aplicada, qual a probabilidade de perdas, qual o prazo da aplicação, e quais as taxas administrativas e de impostos que iremos pagar.
Dito isto, para que possamos investir, também precisamos saber o nosso perfil investidor, que geralmente se resumem em três: conservador, moderado e arrojado. O conservador é aquele que não está disposto a correr riscos de perdas, priorizando a segurança, mesmo que tenha que submeter-se a uma rentabilidade menor. Alguns investimentos clássicos deste tipo de investidor é a poupança e os títulos públicos, visto que são altamente seguros mas possuem rentabilidade menos que os outros investimentos. O moderado busca manter um equilíbrio entre o risco e a rentabilidade, aplicando seu dinheiro em títulos que oferecem uma rentabilidade e risco mediano, como a Letra de Crédito Imobiliário e a Letra de Crédito do Agronegócio. O arrojado, por sua vez, prioriza a rentabilidade mais alta, e para isso está disposto a correr riscos maiores, aplicando em ativos como as ações. De maneira geral, o caminho natural feito por todos os investidores, é começar como conservador e ao decorrer do tempo, ao ganhar experiência no mercado, irem migrando para os outros estágios.
Em suma, os investimentos possuem diversos fatores que precisam ser analisados com cuidado. Futuramente podemos trazer-lhes mais alguns outros, como os tipos de investimentos, por exemplo. A nossa intenção aqui é esclarecer alguns desses fatores e mostrar que os investimentos não são uns monstros, mas que também devemos tomar alguns cuidados com eles.

REFERÊNCIAS

CADERNO DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA – GESTÃO DE FINANÇAS PESSOAIS, Brasília: BCB, 2013

 

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Publicado em: 20 de maio de 2019