Atualmente, estamos vivendo um período muito difícil na nossa história. Uma pandemia causada por um vírus (COVID-19) que propaga-se de forma extremamente rápida e causa diversas mortes por onde passa. Para desacelerar o seu contágio, as principais organizações de saúde orientaram o isolamento social.

Com isso, a maior parte do comércio teve de fechar as portas, mais pessoas ficaram desempregadas e a maioria dos autônomos ficaram sem renda. Diante deste cenário, mais do que nunca, percebemos a importância de se fazer uma boa gestão dos nossos recursos financeiros, isso vale tanto para as organizações, quanto para a vida pessoal de cada indivíduo.

A primeira medida a ser tomada para organizar-se financeiramente melhor, é a elaboração de um orçamento pessoal ou familiar. Esta é uma ferramenta onde podemos registrar todas as movimentações de recursos financeiros, tanto as receitas (rendas) quanto às despesas (gastos). No orçamento, também podemos separar as despesas em alguns grupos, como alimentação, moradia, educação, saúde, lazer, viagens, etc.

Tendo esses registros em uma planilha ou até mesmo em uma folha de papel, será possível refletir sobre as origens e principalmente o destino do nosso dinheiro, além de, ficarmos cientes se o saldo será positivo, negativo ou neutro no final do mês.

Após essa reflexão, é preciso classificar os gastos entre: a)Necessários, sendo aqueles considerados como indispensáveis e que geralmente estão ligados às necessidades básicas, como alimentação, moradia e vestuário; b)Supérfluos, que são despesas com produtos e/ou serviços ligados ao bem-estar e que estão mais relacionadas a um desejo do que a uma necessidade, como restaurantes, roupas de marca e tv a cabo; e c)Desperdícios, cujo gastos não geram bem-estar e não são necessários, como pagar por algo que não utilizamos, esquecer a luz acesa ou até receber uma multa de trânsito que poderia ter sido evitada.

Por último, havendo necessidade, após classificar as despesas, deve-se pensar em formas de otimizar, reduzir ou eliminar alguns desses gastos. No que se refere aos classificados como ‘necessários’, não podemos eliminá-los, mas existe a possibilidade de fazer uma otimização, buscando alternativas que supram essas necessidades mas que tenham menor custo. Os gastos ‘supérfluos’ podem ser reduzidos ou até mesmo eliminados, caso julgue ser possível viver tranquilamente sem algum dos itens listados. Já nos gastos que são vistos como ‘desperdícios’, o ideal é que sejam totalmente eliminados, visto que, não são necessários e não causam bem-estar. Vale ressaltar que, em períodos de crise semelhante ao que estamos vivenciando neste momento, onde as fontes de recursos ficam ainda mais escassas, precisamos eliminar o maior número de despesas possíveis.

Logo, já que o nosso principal objetivo aqui é atingir uma boa saúde financeira, garantindo que a conta esteja positiva ao final de cada mês, mesmo durante os períodos de dificuldades, sendo empregadas e seguidas à risca essas simples medidas no cotidiano, é possível alcançar os resultados que esperados em médio ou, até mesmo, curto prazo.

REFERÊNCIAS

 CADERNO DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA – GESTÃO DE FINANÇAS PESSOAIS, Brasília: BCB, 2013

Publicado em: 9 de junho de 2020