Uma reflexão acerca das políticas públicas e a importância das decisões governamentais.
Com o período eleitoral cada vez mais eminente, se faz necessário uma maior reflexão e compreensão das funções dos representantes políticos, assim como se faz necessário o maior debate sobre as políticas públicas a serem utilizadas por estes. Por isso, esse texto possui o intuito de fazer o levantamento dos impactos sociais das decisões políticas, que contrapondo-se ao creditado por muitos, está presente no cotidiano global.
Para o início desse debate, é válido compreender o que são as políticas públicas. As políticas públicas são, nada mais do que, o conjunto de programas, ações e decisões políticas, tomadas pelos governos e governantes (nacionais, estaduais ou municipais) com a participação, direta ou indireta, de entes públicos – ou mesmo privados – que buscam assegurar determinado direito para os cidadãos que fazem parte dos vários grupos da sociedade, ou de determinado segmento social, cultural, étnico ou econômico.
Ficou confuso? Calma que eu vou explicar.
Em algo mais sucinto, e verídico (é claro), políticas públicas seriam o conjunto de ações políticas que visam assegurar os direitos da população postos na constituição. Melhorou? Então vamos continuar.
É muito fácil encontrar um exemplo de política pública na sua cidade. Aquele programa da Prefeitura que proporciona acessibilidade para os cadeirantes em seu bairro, por exemplo, é uma política pública. O auxílio emergencial, proporcionado pelo Governo Federal, também é um exemplo de política pública que afeta um âmbito bem maior, que é o nacional.
Se pararmos para observar bem o dia a dia, estamos cercados de ações e decisões políticas, que englobam e afetam o nosso cotidiano. É impossível não ser afetado por essas ações públicas. Até o preço do pão, da gasolina e do gás, por exemplo, é um reflexo de decisões governamentais (inclusive, um reflexo das ações daqueles governantes eleitos pelo povo). Logo, é impossível ser “apolitizado”, um termo extremamente errôneo, usado quase que com orgulho por muitos.
Até aquela sua decisão de anular o voto, ou “votar em branco”, é uma decisão política. Indiretamente é até uma forma de manifestação de insatisfação para com os atuais candidatos ao cargo público. Mas, como uma via de mão dupla, também é, indiretamente, uma forma de conformismo, de aceitação, para com aquele candidato que será eleito (por vezes com poucos votos de diferença, que poderiam ter sido supridos com a participação daqueles que se abstiveram do voto).
É, pois é jovem-adulto pós-moderno, o buraco da política é sempre mais em baixo. As suas decisões de hoje impactam – positivamente, ou não – em toda a estrutura pública, quase que com um efeito dominó, onde as peças decisivas caem e derrubam, umas às outras, em sequência.
Logo, aquele voto anulado, colabora, quer você queira, quer não, com a ascensão de candidatos, que tomarão decisões políticas que também te afetarão. Assim, eu finalizo propondo uma reflexão: Sabendo, do que agora sabe, você consegue perceber o preço inestimável e incalculável do seu voto? Percebe como as suas decisões, por menores que pareçam, afetam todas as pessoas ao seu redor? Você consegue perceber o peso de um voto, ou mesmo o peso de se abster de votar? E sabendo do que agora sabe, você se propõe a politizar?
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