A importância dada ao fator da motivação como instrumento e ferramenta responsável por uma maior efetividade dentro das organizações, apenas passou a ser levada em consideração pouco tempo atrás. Tradicionalmente, os gestores se importavam exclusivamente com aspectos quantitativos como medidores de sucesso da empresa, a exemplo de: finanças, contabilidade e economia. Negligenciavam, assim, a atuação da subjetividade dos indivíduos, que ao empregar sua mão de obra a serviço da empresa, tornam-se um dos principais responsáveis pelo alcance de resultados.
Com a expansão da industrialização, e com forte influência da escola de Recursos Humanos, o comportamento humano dentro das empresas passou a ser analisado de maneira a entender de que forma as pessoas interviam nos resultados finais. Com isso, surgem diversos campos de estudo que buscavam prever, explicar, e até modificar o comportamento dos colaboradores.
Nesse cenário, a motivação dos indivíduos manifesta-se como um dos principais condicionadores para a efetividade organizacional. O processo de motivação é responsável pela direção, intensidade e persistência de esforço de uma pessoa para alcance de uma meta. Deve-se haver um alinhamento entre esses 3 pontos para que os indivíduos se mantenham focados na realização das demandas de seus gestores.
Entretanto, para alcance desses 3 fatores, é fundamental a atuação da organização, mais especificamente a área de Gestão de Pessoas. Devido a uma nova concepção do mundo trabalhista, os colaboradores deixaram de ser motivados unicamente por uma contrapartida financeira de seu trabalho. Gradativamente, aumentou-se a necessidade por horários flexíveis, conciliação de trabalho com fatores pessoais (família, amigos), reconhecimento de trabalho, dentre outras remunerações que não estão estritamente ligadas ao valor monetário.
Todavia, grande parte das empresas ainda possuem estruturas obsoletas que negligenciam o fator humano, e principalmente a motivação de seus colaboradores. Buscam apenas o resultado e o lucro final, considerando os empregados somente como peça de uma engrenagem. Empenham esforços para controlar e cobrar a objetividade de indivíduos, que em sua própria natureza, são totalmente subjetivos. Ocasionando assim, na consequente perda da otimização de resultados, que dependem exclusivamente da mão de obra humana.
Referências:
ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. Tradução: Reginaldo Marcondes. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. Pearson Prentice Hall, 2008.
SARAIVA, L. A. S.; ENOQUE, A. G.; CARRIERI, A. P. (Org.). Sete Pecados Capitais nas Organizações. Salvador – Bahia: EDUFBA, 2014. p. 63-82.