Você já ouviu falar em coworking?

Hey, já imaginou trabalhar sem ter aquela tensão de estar em um escritório onde ninguém possa conversar ou debater ideias, cada um em seu canto mexendo no computador? Ao invés disso, as pessoas buscam ajudar um ao outro, dando críticas construtivas e debatendo ideias muito diferentes. Já imaginou trabalhar em um local mais harmonioso, em ambientes mais criativos e que estimulam sua criatividade e, até mesmo, aumentam a velocidade de resolução dos problemas nas organizações? Calma, ainda não é o paraíso. Vou te falar sobre um modelo de negócio que estava – sim, estava porque a pandemia impactou neste ambiente – crescendo exponencialmente chamado coworking.

Mas antes de falar desse modelo, preciso contar para você o que é economia do compartilhamento. Por quê? Calma, você vai já saber. A economia do compartilhamento, como o próprio nome sugere, emergiu com a ideia de compartilhar bens e até serviços, possuindo – ou não – uma troca monetária por isso. O livro “What is mine is yours: the rise of collaborative consumption?” ­1 dos autores Rachel Botsman e Roo Rogers (2011) trata muito bem desse assunto. Neste livro, Botsman e Rogers defendem que a economia do compartilhamento auxilia na geração de renda e evita o acúmulo de bens supérfluos, visto que você não precisará adquirir um produto pra usar apenas uma ou cinco vezes na vida, né? Assim, além de trabalhar a sustentabilidade, a economia do compartilhamento auxilia no consumo colaborativo.

“É o quê? Eu não estou entendendo é mais nada! Economia do compartilhamento, consumo colaborativo, coworking? Como assim?” Calma, queridíssimo leitor(a), é agora que as terminologias eram se interligar. O coworking pode ser definido como um espaço onde pessoas de diferentes áreas exercem suas atividades de forma flexível e livre de tensões existentes em escritórios tradicionais (Döring (2010), Foertsch (2011) Spinuzzi (2012). Por exemplo, uma advogada e um arquiteto podem trabalhar no mesmo local e até mesmo conversar sobre o trabalho de cada um – ou não –, dando ideias diferentes para a execução de uma atividade, seja ela da área legislativa ou geométrica, it doesn’t matter!’ (não importa!). Além desta gama de pessoas com conhecimentos diferentes que você pode encontrar em um coworking, todos os custos são divididos para todos: aluguel, água, luz, telefone, energia… Todos consomem de modo co-la-bo-ra-ti-vo, com-par-ti-lhan-do o espaço, os produtos e até mesmo, os serviços. “Os serviços?” Sim, os serviços, imagina que você trabalha com vendas de carros online, mas não sabe criar uma logo legal, mas o seu colega trabalha exatamente fazendo logos para as empresas, você pode oferecer algo em troca do serviço dele e vice-versa.

Ficou em interessado no coworking? Recomendo o Coworking Brasil e o Coworking Resources para saber mais sobre este modelo de negócio. Espero que tenha gostado deste conteúdo, mas, e aí, você gostaria de trabalhar em um espaço desse? Compartilha com a gente!

 

Referências

Botsman, R. & Rogers, R. (2011) What’s mine is yours: the rise of collaborative consumption. London: HapperCollins.

Döring, S. (2010). Zusammen flexibel ist man weniger allein? Eine empirische Analyse der neuen Arbeitsform Coworking als Möglichkeit der Wissensgenerierung. Wirtschaftswissenschaftliche Schriften. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10419/43699>.

Foertsch, C. (2011). What Is Coworking And Its Cultural Background?. Deskmag. Disponível em: <http://www.deskmag.com/en/coworking-or-co-working-with-hyphen-252>.

Spinuzzi, C. (2012). Working alone together: Coworking as emergent collaborative activity. Journal of business and technical communication, 26(4), 399-441. Disponível em: <https://doi.org/10.1177%2F1050651912444070>.

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Publicado em: 21 de julho de 2020