Post segunda_ Materia ou Dica (1)Há pouco tempo atrás, trouxemos aqui um post esclarecendo alguns aspectos básicos que envolvem os investimentos de forma geral, como por exemplo o que os compõem, perfis de investidor, etc. No texto de hoje abordaremos os tipos de investimentos e suas principais características.

Normalmente, as aplicações financeiras são alocadas em dois grupos distintos, as de renda fixa e renda variável. Segundo o Banco Central do Brasil (2013), renda fixa são investimentos que pagam, em períodos definidos, a remuneração correspondente a determinada taxa de juros. Ou seja, antes mesmo da aplicação ser realizada, já é possível o investidor ter uma estimativa da rentabilidade de determinado título, pois na maioria das vezes já é conhecido a taxa de juros que incidirá sobre ele, exceto quando a taxa é pós-fixada, já que irá depender da variação de um indexador[1] (Ex.: CDI e IPCA) previamente definido. Para exemplificar melhor, listamos abaixo os principais investimentos que se encaixam nesta categoria.

  • Tesouro Direto Selic: é um título de dívida emitido pelo governo. Isso significa que ao investir nele, você estará emprestando dinheiro ao poder público.
  • Crédito de Depósito Bancário – CDB: O CDB funciona como um empréstimo do seu dinheiro para a uma instituição bancária. Em troca, você recebe uma taxa de rentabilidade que é definida no momento da compra.
  • Letra de Crédito Imobiliário – LCI: É um investimento de renda fixa emitido pelos bancos. Os recursos captados pelo emissor são utilizados para o financiamento das atividades do setor imobiliário. Em troca, ele oferece uma taxa de rentabilidade anual que é definida no momento da compra.
  • Letra de Crédito do Agronegócio – LCA: É um título renda fixa emitido pelos bancos. A diferença para a LCI é o foco de investimento. Neste caso, a captação é direcionada para financiar as atividades do setor do agronegócio.

Já os investimentos de renda variáveis são aqueles “cuja remuneração não pode ser dimensionada no momento da aplicação. Envolvem riscos maiores, pois, além do risco de crédito, existe também o risco associado à rentabilidade incerta” (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2013, p. 46). Portanto em investimentos deste tipo, os fatores que o influenciam de forma direta não são domináveis, sendo impossível definir a taxa de juros e consequentemente a sua rentabilidade. Podemos citar como o principal investimento de renda variável as ações de empresas negociadas na bolsa de valores, onde o investidor pode comprar pequenas frações de uma empresa e assim participar dos lucros e da valorização da mesma.

Agora você pode estar se perguntando “qual destes investimento é o melhor?”, e  a resposta para esta pergunta é: depende! Depende dos objetivos do investidor, do seu perfil, do tempo que pretende resgatar o dinheiro aplicado, etc. pois todos estes investimentos possuem taxas de juros, prazo de resgate e rentabilidade diferentes. Portanto, o que podemos dizer é você precisa identificar de forma clara seus objetivos e escolher o investimento que melhor se adequa a eles.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CADERNO DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA – GESTÃO DE FINANÇAS PESSOAIS, Brasília: BCB, 2013

REIS, T. Indexador: Descubra 3 dos mais utilizados indexadores do mercado. 2018. Disponível em: <https://www.sunoresearch.com.br/artigos/indexador/>. Acesso em: 22 ago. 2019

[1] Um indexador é um índice que serve como referência para uma reajuste contratual ou do valor de um ativo. Ele é importante, muitas vezes, para definir a rentabilidade de alguns ativos. Além de servir como base para o reajuste de contratos na economia.

Fonte: Suno Research em https://www.sunoresearch.com.br/artigos/indexador/

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Publicado em: 2 de setembro de 2019